sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Las Acacias – Dir. Pablo Giorgelli – 2011

Os road movies são, por excelência, representações de jornadas de transformação, de descobertas. Os cineastas utilizam as estradas que levam à exploração de novos territórios para que seus personagens explorem seus sentimentos. Medos, traumas e desejos são revelados, ou revisitados, ao longo do trajeto. São viagens de autodescoberta. O longa argentino “Las Acacias”, de Pablo Giorgelli, é mais uma produção a utilizar o formato do road movie  para trabalhar exatamente todos esses temas.
O filme acompanha a história de Rubén (Germán de Silva), um simples caminhoneiro que está transportando uma carga de madeira, saindo de Assunção no Paraguai com destino a Buenos Aires. Paralelamente ao seu trabalho, Rubén aceita outra tarefa, a pedido de seu chefe: dar carona a uma jovem paraguaia, Jacinta (Hebe Duarte), até a capital argentina. Quando encontra a garota, o caminhoneiro se depara, então, com algo que não estava em seus planos, Anahí (Nayra Calle Mamani), a filha de Jacinta, de apenas cinco meses de idade. Mesmo a contragosto, Rubén acolhe a mãe e a criança em seu caminhão e segue viagem.
Desde os primeiros planos, em que acompanhamos o início da viagem e os hábitos diários de Rubén, o diretor Giorgelli faz questão de mostrar que seu personagem principal vive em um universo fechado, e que tanto Jacinta quanto sua filha são elementos estranhos a esse ambiente. Os dez minutos iniciais do longa, até o momento em que Rubén encontra Jacinta, não possuem nenhum diálogo. Nesse espaço de tempo, Giorgelli apresenta traços da personalidade do caminhoneiro apenas através de suas expressões, gestos e pequenas ações.
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Ao longo da projeção, os diálogos vão surgindo timidamente, sempre curtos, servindo para informar apenas o básico sobre os personagens. Essa construção gradativa e sem pressa é um dos acertos do diretor, que se mostra extremamente seguro em seu primeiro trabalho atrás das câmeras. Giorgelli impõe uma mise en scène rígida, trabalhando sempre com planos médios e fechados, com raríssimos planos abertos. Isso serve para delimitar o universo particular de Rubén, a cabine de seu caminhão. A invasão de seu território por Jacinta e Anahí é, a princípio, rejeitada por Rubén, que apesar de nunca se mostrar rude com suas passageiras, aparenta estar visivelmente incomodado com a situação.
Mesmo com essa construção cênica muito bem calculada, Giorgelli toma o cuidado de não deixar que a artificialidade tome conta de seu filme. Ao contrário, uma das grandes qualidades de “Las Acacias” é a naturalidade que o filme exala. Esse efeito se deve essencialmente à condução e ao desempenho do casal protagonista. Em seu primeiro trabalho, Hebe Duarte interpreta Jacinta com muita delicadeza, transformando-a em uma personagem frágil e extremamente simpática. Germán de Silva, constrói Rubén de forma magistral. O calado, e aparentemente rabugento, caminhoneiro vai lentamente se mostrando um homem solitário, que dentro de seu cansativo dia a dia ainda encontra espaço para pequenos prazeres, como tomar o seu mate ou comprar um presente de aniversário para a irmã que não vê há meses. O diretor abdica também do uso de trilha sonora, para conferir ainda mais realismo às emoções despertadas por seu filme.
Mas é mesmo a personagem da criança, Anahí, que se torna a alma do longa. A pequena Nayra é um verdadeiro achado. Com seu rosto e olhos expressivos, a garota provoca verdadeiro encantamento, transmitindo total espontaneidade, como se a história fosse sendo construída em torno de suas ações. Com essa facilidade para encantar o público, fica mais simples compreender o efeito causado em Rubén, que começa a criar afeição pela garota, acabando por refletir esse afeto também por Jacinta.
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Giorgelli não aposta em grandes reviravoltas, conflitos ou novos personagens, o trio central tem pouquíssimo contato com o mundo fora do caminhão, e demonstrando muita competência e sensibilidade (que lhe valeram o prêmio Caméra D’Or no Festival de Cannes em 2011), consegue tirar complexidade de sua trama aparentemente simples e direta. Elementos externos à jornada do trio principal não interessam ao cineasta, apenas os efeitos que exercem nos mesmos. Por isso, se não há maior aprofundamento no motivo pelo qual Rubén não vê seu filho há mais de cinco anos, é porque o que interessa a Giorgelli é que essa ausência faça com que o instinto paternal do caminhoneiro aumente ainda mais com a presença de Anahí. Da mesma forma, quando Jacinta chora ao fazer uma ligação para sua mãe, o motivo do pranto não é revelado. A causa não é foco, mas sim sua consequência, com a preocupação de Rubén em relação à garota.
E assim, de forma sutil, o filme ganha traços de um possível romance. Rubén finalmente consegue enxergar novos rumos, redescobre a possibilidade de trilhar caminhos diferentes. Ao final da viagem, o público se dá conta de que, assim como Jacinta e Anahí, também se tornou um passageiro no caminhão de Rubén, acompanhando de perto sua belíssima e tocante jornada de recomeço.
Por Leonardo Ribeiro

TEATRO GEO


O Teatro Geo, localizado dentro do Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, mudou seu nome, a partir deste mês, para Complexo Cultural Ohtake. O Teatro, que até então era administrado pela GEO Eventos, do grupo Globo, passa agora às mãos da Time For Fun.
 
O espaço, que tem capacidade para 627 pessoas e comporta a realização de espetáculos musicais, teatrais e eventos corporativos, já tem nova programação: em dezembro, a peça A Casa dos Budas Ditosos (com Fernanda Torres) inicia temporada de comemoração de 10 anos e, para março de 2014, está prevista a estreia da montagem brasileira do musical Jesus Cristo Superestar, com direção de Jorge Takla.
 
(Fontes: Veja SP e UOL Economia / Foto: Divulgação)
 

Como não ser enganado

Como não ser enganado

Como já falamos algumas vezes, vida de ator realmente não é fácil. Além de trabalhar muito, normalmente não ter um serviço certo, ganhar pouco e ter que sempre investir bastante dinheiro em material e cursos para se reciclar, ainda tem que lidar com uma legião de vilões da vida artística: “os picaretas”.
 
Apenas dando uma rápida pesquisada na internet, encontramos páginas e páginas de reclamações e notícias acerca de golpes dados em pessoas que apenas queriam entrar no meio artístico. Inclusive esta é a maior motivação do picareta. Como ser ator é um sonho recorrente das pessoas, agências e produtores mal intencionados usam e abusam deste trunfo apenas para tirar dinheiro dos desavisados.
 
Mas nem tudo está perdido. Existem formas de reconhecer um picareta de longe e, assim, se prevenir de entrar em uma grande furada. Veja nossas dicas:
 
1- Reconhecendo um Picareta
 
“Estamos acostumados a ter nossos atores na Globo, na Record e no SBT”
Desconfie sempre de promessas fáceis de que você estará no casting da Rede Globo (ou qualquer outra emissora) na semana seguinte. Não é tão simples assim trabalhar na TV, é necessário que você realize seu cadastro nas emissoras e torcer para ser chamado. Sem falar do networking, participando de cursos e workshops com diretores renomados, etc.
 
“Se agenciando aqui, você terá um trabalho garantido para o seu perfil na semana que vem”
Cuidado com essas “garantias” de que basta você se agenciar com aquela empresa que você já terá um teste no dia seguinte. Dependendo de seu perfil, (se for comercial e algo que os produtores de elenco buscam bastante), pode acontecer de realmente não demorar muito para você começar a fazer testes. Mas também pode não acontecer, e demorar algum tempo. É normal e tem que ter paciência.
 
“Para se agenciar aqui, você precisa ter um book feito pela agência. Ele é cinematográfico!”
Nunca caia nessa. Aliás, este é o golpe mais velho do mundo utilizado pelos picaretas. Para ser agenciado, os atores precisam sim ter material profissional de boa qualidade e atualizado. Mas nenhuma agência idônea pode obrigar um cliente a ter material feito por eles. A agência até pode indicar algumas produtoras de sua confiança para realizar o material, mas em hipótese nenhuma pode usar um book, por exemplo, como moeda de troca para seu agenciamento. Ainda nesse assunto, cuidado com o famoso “book cinematográfico” ou que venha com qualquer superlativo no nome acompanhando a palavra book de fotos. Normalmente os picaretas usarão isso para te cobrar um preço de no mínimo quatro dígitos, todo encadernado como um livro, pronto para impressionar os olhos de quem está deslumbrado, e que normalmente não tem uma boa qualidade. Pessoal, uma coisa importante: book impresso quase não serve para nada hoje em dia, pois todo o seu material é enviado ao produtor de uma vaga, por exemplo, por e-mail e em baixa resolução. A própria agência lida com o contratante dessa maneira. E outro detalhe, fique de olho na qualidade do book que é oferecido. Pessoas em poses sensuais, com muita maquiagem, roupas exageradas, etc, tendem a ser um indicador do quanto aquela empresa é enganadora.  Os books de atores sempre seguem um estilo clean, claros, com roupas discretas e pouca maquiagem. Um produtor de elenco não vai perder nem dois minutos com você se estiver usando na foto uma roupa preta, colada e decotada, num fundo preto, com equipamentos do estúdio aparecendo, com o rosto tão maquiado quanto um palhaço de circo e dedinho na boca. A menos que seja para dar uma risada de você.
 
“Para participar de nosso casting, você tem que pagar uma taxa de R$ 1.400,00”
Nenhuma agência idônea cobra para representar um ator. As agências infantis, especializadas em atores e atrizes mirins, costumam cobrar uma taxa. Porém não passa nem perto desse valor citado acima, é bem mais barato. Desconfie de empresas que cobram. Tenha sempre em mente que não se paga para trabalhar. As agências lucram de outra forma, ganham uma porcentagem do produtor da vaga de trabalho quando alguém de seu casting é escolhido. Percebe que é uma via de mão dupla? Você não tem que implorar para ser agenciado, é também do interesse da agência ter você no casting para que ela lucre COM você, não SOBRE você. 
 
“CASTING, PERFIL AAA – CACHÊ R$ 10.000,00!!!!”
Outra coisa: desconfie também de trabalhos com cachês astronômicos. Pode até ser verdade, mas normalmente isto não passa de um chamariz para que você se cadastre na agência ou utilize qualquer tipo de serviço que poderão te cobrar mais tarde, como books, videobooks, composites, entre outras coisas. Sem falar que também pode acontecer de você fazer o trabalho e nunca ver nem a cor desse dinheiro na sua conta. Aliás, uma observação pessoal (fica a dica para quem quiser responder nos comentários): produtores de elenco, o que vocês querem dizer com perfil “AAA”? Alguém no perfil das Pilhas Palito (AAA)? Enfim, lembre-se do ensinamento da sua avó: “Quando a esmola é grande, o santo desconfia”. 
 
2- Evitando um Picareta
Se você se assustou com o que você leu acima e perdeu a fé na humanidade, calma. Existem formas de se evitar cair em golpes de picaretas.
 
- Sempre pesquise uma empresa antes de qualquer coisa. Graças ao mundo conectado em que vivemos, é fácil encontrar podres de uma empresa quando ela possui um. Antes de assinar qualquer tipo de contrato, ou até mesmo de procurar pelo serviço de uma empresa, entre em sites de busca pesquisando algo do tipo “agência X + reclamações” ou páginas do gênero do “Reclame Aqui” (www.reclameaqui.com.br). Se ela for picareta você vai encontrar alguma coisa.
 
- Sempre peça indicações de empresas. O ideal quando você vai se agenciar é pedir por indicações de empresas idôneas que outros atores já tenham tido uma boa experiência. Se você não conhecer pessoalmente nenhum ator, não tem problema. Existem grupos específicos do meio artístico nas redes sociais, em que os atores trocam informações de oportunidades, cursos, dicas, notícias, entre outras. Indicações também costumam aparecer nos tópicos. Este é um ótimo local também para perguntar sobre a reputação de uma determinada agência ou produtor. Se algum deles tiver sido enganado ou ficado insatisfeito com qualquer coisa que a empresa tenha feito, tenha a certeza de que isso será amplamente discutido. 
 
- Sempre peça para ver um material realizado pela empresa quando você vai contratar uma produtora para fazer seus book e videobook. Apesar de não possuírem um preço absurdo, este tipo de material não é algo barato. Antes de contratar qualquer empresa, veja como ela trabalha, como fica o resultado de suas fotos, se o videobook segue o padrão que os produtores de elenco preferem, etc. Não adianta depois chorar pelo leite derramado. 
 
- Sempre denuncie uma empresa que prometeu algo e não cumpriu ou ofereceu uma propaganda enganosa. Assim como uma agência lhe enganou, ela irá enganar sem nenhum pudor outra pessoa que quer seguir seus sonhos e está disposto a qualquer coisa para isso. Não guarde esse problema apenas para você! Quando você denuncia, você está ajudando outra pessoa a não cometer o mesmo erro que você cometeu. Vale tudo: usar sites como o Reclame Aqui, denunciar publicamente em seu perfil no Facebook, blogs, rádios, meios de comunicação em geral, no SATED (o Sindicato dos Artistas, procure o mais próximo da sua cidade), no Procon, e por aí vai. Agora, na seção Guia de Serviços do Guia do Ator, você pode avaliar as empresas divulgadas por nós e deixar nos comentários como foi a sua experiência com elas. Não hesite! Ajude-nos a ajudar a classe artística a se livrar dos picaretas. 
 
Seguindo nossas dicas, não tem como cair em um golpe. E se você tiver caído em algum, nunca deixe de conversar abertamente sobre o assunto. Quanto mais informação na área as pessoas tiverem, mais rápido exterminaremos estas empresas que causam danos, às vezes irreparáveis, na vida das pessoas.
 
 Por Jessica Orsini  

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

COMPANHIA CIRCO GODOT DE TEATRO APRESENTAM LE PETIT – GRANDEZAS DO SER


No próximo dia 19 o público de Juazeiro poderá prestigiar uma livre inspiração da Cia Circo Godot de Teatro para o mais lúdico personagem criado por Antoine de Saint-Exupéry. Nesta montagem, intitulada Le Petit: Grandezas do Ser, a Cia Circo Godot de Teatro apresenta um universo fabular em que a corrida contra o relógio, a fidelidade a um amigo doente e o medo da solidão são os princípios para ações que fundam uma narrativa lúdica e poética.
A peça acontece como um filme mudo, sem o uso da palavra, com uma trilha sonora minimalista percorrendo o trabalho do começo ao fim, e propõe uma diversidade de imagens, sonoridades e situações. Em cena, o ator italiano Damiano Massaccesi e três manipuladores. Mesmo sem ter uma única palavra pronunciada, o espetáculo diz muito ao público: sobre o viver, morrer e aprender a ser verdadeiramente companheiro do outro. Para fazer prevalecer uma atmosfera alegre e lúdica, Le Petit lança mão de todo um arsenal de ações, como malabares, equilibrismos, mágicas, acrobacias e brincadeiras.
Fundada há três anos no Recife por artistas brasileiros e italianos, a companhia apresentou já em seu primeiro trabalho uma qualidade cênica surpreendente, resultado de anos de estudos, empenho e dedicação. Circo Godot (2010), o primeiro feito, foi apresentado nas ruas da Grécia, Tunísia, Itália e Brasil. Na ocasião, Lucky e Pozzo, personagens de Samuel Beckett, serviram de pretexto para uma cena divertida e cheia de reviravoltas. Em 2011, a companhia apresentou seu segundo trabalho: “Besteiras (As Aventuras de um Giullare Moderno)”, contemplado com o Prêmio FUNARTE Myriam Muniz de Teatro. O projeto foi apresentado em importantes festivais da Itália e também fez turnê pela Europa, chegando agora ao Brasil através do 19° Janeiro de Grandes Espetáculos. Contemplado com o Prêmio FUNARTE Myriam Muniz de Teatro, Le Petit: Grandezas do Ser é o terceiro trabalho da Cia Circo Godot de Teatro.
A peça estrou em grande estilo, integrando a programação da 3ª Mostra Marco Camarotti. Após realizar temporada em Recife e outra na Itália, a peça será apresentada ao público juazeirense no próximo dia 19. Pão e Circo Esta apresentação integra uma campanha do SESC Juazeiro pela popularização das artes e não haverá cobrança de ingressos. Pede-se apenas que seja doado 01kg de alimento não perecível, que será destinado a comunidades carentes, posteriormente.
FICHA TÉCNICA
Direção: Quiercles Santana Dramaturgista: Ana Paula Sá Ator: Damiano Massaccesi (Ator) Manipuladores: Andrezza Alves, Flávia Fernanda, Rafaela Fagundes Audiodescrição: Andreza Nóbrega e Liliana Tavares Atirador Crítico de Sandálias: André Casaca e Dante Leonel Direção Musical: Kleber Santana Direção de Arte: Ana Paula Sá, Andrezza Alves, Quiercles Santana Iluminação: Luciana Raposo Preparação de Clown: Andre Casaca Preparação de Capoeira: Mestre Dendê Preparação de Yoga: Swami Munindra Mohan Programação Visual: Claudio Lira Residência Artística e Pedagógica: Espaço Fiandeiros e SESC /PE Produção: Andrezza Alves Realização: Companhia Circo Godot de Teatro Assessoria de Imprensa: Moretti Cultura e Comunicação
SERVIÇO
O quê: Le Petit: Grandezas do ser Onde: Teatro Patativa do Assaré - SESC Juazeiro do Norte Endereço: Rua da Matriz, 227 – Centro Telefone: (88) 3512 2532 Quando: Dia 19 de outubro, às 19h – Única Apresentação Ingressos: 01 kg de alimento não perecível. Faixa Etária Indicativa: 08 anos Lotação: 200 Lugares Duração: 60 minutos

12º Festival Internacional de Cinema de Arquivo - RECINE 2013


12º Festival Internacional de Cinema de Arquivo - RECINE 2013



A Cidade do Rio de Janeiro
De 25 a 29 de novembro, no Arquivo Nacional (Praça da República, 173, Centro)
Paraíso tropical, cidade partida, berço do samba, capital da bossa nova. São tantas as designações que se poderia achar que estamos falando de vários lugares do Brasil. Mas trata-se de um só: o Rio de Janeiro. Polo de cinema, cultura, esportes e turismo e um dos principais centros econômicos do país, o Rio de Janeiro foi escolhido como tema do REcine 2013 – 12º Festival Internacional de Cinema de Arquivo, que acontece em novembro, no Arquivo Nacional, com entrada franca, e terá como atrações as mostras informativa e competitiva de filmes, debates, oficinas e a Revista REcine nº 10.
O marco inicial do cinema brasileiro está fincado na cidade do Rio de Janeiro, graças à câmera do italiano Alfonso Segreto, que se deslumbrou filmando paisagens, acontecimentos políticos e eventos sociais na virada do século XX. A primeira exibição de filme no país aconteceu na Rua do Ouvidor, em julho de 1896. Nomes importantes para o desenvolvimento do cinema nacional fizeram do Rio sua base de operações, como os empresários Pascoal Segreto, Francisco Serrador e Adhemar Gonzaga, o fundador da Cinédia.
O ingresso do país na modernidade se manifestava na construção de salas de cinema e teatros, em meio às reformas “civilizadoras” pelas quais o Rio de Janeiro passava.
Foi também em terras cariocas que o movimento do Cinema Novo se desenvolveu e partiu para ganhar o mundo. O cenário para diversos filmes estrangeiros, que idealizavam ainda mais a cidade maravilhosa com romance e aventura, também nos mostrou, em preto & branco e em cores, as desigualdades e os problemas desta nação brasileira.
Um Rio inspirado de amores, tragédias, política, o Rio de Machado de Assis, Nelson Pereira dos Santos, David Neves, Cacá Diegues, Nelson Rodrigues, de várias histórias e personagens e múltiplas imagens. É essa riqueza de tons e encantos que o REcine vai apresentar, em filmes que tenham a cidade no roteiro, documentários, cinejornais e raridades cuja temática gire em torno do cotidiano e de fatos ocorridos em solo carioca. Nada como um cineminha depois da praia!
O REcine vem se destacando nos últimos anos por trazer ao grande público a discussão sobre a preservação do patrimônio audiovisual brasileiro. Além das mesas de debates, compostas por especialistas em conservação de acervos audiovisuais, o festival promove também oficinas gratuitas de vídeo e preservação.

RECINE 2013– 12º Festival Internacional de Cinema de Arquivo
A Cidade do Rio de Janeiro
Praça da República, 173 – Centro – Rio de Janeiro
Telefones: (21) 2179-1273 e 2220-9800
E-mails: recine@arquivonacional.gov.br e recine.rio@gmail.com
Entrada franca