sexta-feira, 27 de maio de 2011

Poema de Ana Paula Lavado (de Luanda) e foto de Isaura Morgado
















Despe o meu corpo com uma fúria desejada
e eu, insana de propósitos,
dar-te-ei a linfa da minha pele.
Serei a musa
a deusa das vontades imperfeitas
o grito silencioso que em vão rejeitas.
Serei o fogo, serei a águas
serei o ventre da tua mágoa
o tremor do corpo que inutilmente conténs
a vontade lasciva que já não deténs!

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